De onde vem a prática das novenas? Entre outras, podemos dar duas respostas: uma histórica, outra alegórica.
Historicamente, na Bíblia, no início de livro dos Atos dos Apóstolos, lê-se que, passados quarenta dias de sua morte na Cruz e de sua ressureição, Jesus subiu aos céus, prometendo aos discípulos que enviaria o Espírito Snato, que lhes foi comunicado no dia de Pentecostes.
Entre a Ascensão de Jesus ao céu e a descida do Espírito Santo, passaram-se nove dias. A comunidade cristã ficou reunida em torno de Maria, de algumas mulheres e dos apóstolos. Foi a primeira novena cristã. Hoje, ainda repetimos todos os anos, orando, de modo especial, pela unidade dos cristãos. É o padrão de todas as outras novenas.
A novena é uma série de nove dias seguidos em que louvamos a Deus por suas maravilhas, em particular, pelos santos, por cuja intercessão nos são distribuídos tantos dons.
Alegoricamente, a novena é antes de tudo um ato de louvor ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo, Deus três vezes Santo. Três é o número perfeito. Três vezes três, nove. A novena é o louvor perfeito à Trindade. A prática de nove dias de oração, louvor e súplica confirma de maneira extraordinária nossa fé em Deus que nos salva, por intermédio de Jesus, único intercessor. Os santos oferecem a Jesus os nossos pedidos.
O Concílio Vaticano II afirma: "Assim como a comunhão cristã entre os que caminham na terra nos aproxima mais de Cristo, também o convívio com os santos nos une a Cristo, fonte e cabeça de que provém todas as graças e a própria vida do povo de Deus" (Lumen Gentium, 50).
Nossas devoções procuram alimentar o convívio com Jesus, Maria e os santos, para nos tornarmos cada dia mais próximos de Cristo, que nos enriquece com os dons do Espírito e com todas as graças de que necessitamos.
Fonte: Francisco Catão